quinta-feira, dezembro 12, 2013

Os cães. os gatos e o Natal...

Perigos escondidos!



É Natal!
Nas nossas casas já se encontram as árvores plenamente decoradas com bolas, fitas e luzes, debaixo da árvore guardamos os presentes devidamente embrulhados e decorados com fitas bonitas,e já se começam a planear os deliciosos menus para as festividades.
Época de alegria, celebração e família, é também uma época de excessos, de viagens, e de alterações na rotina das casas.
Como membros da família que são, os animais de estimação são incluídos nos festejos, mas também nos excessos...

O Natal e tudo que o envolve, esconde uma série de riscos para o seu animal de estimação, sendo conveniente tomar alguns cuidados.

Perigo número 1

A comida


A quantidade de animais que surgem com sintomas de vómitos e diarreias nos centros veterinários nesta altura das festas aumenta significativamente.
São frequentes os casos de gastroenterite ou pancreatite aguda, ou de intoxicações por ingestão de alimentos nocivos para cães e gatos, situações estas que podem colocar em risco a própria vida do animal.

O seu animal não pode comer:
  • Restos de comida ou alimentos preparados com condimentos e muita gordura
  • Ossos (podem provocar obstruções ou lacerações do trato gastrointestinal)
  • Chocolate - O chocolate contém uma substância (teobromina) que é tóxica para cães e gatos, podendo ser fatal.
  • Frutos secos - Nozes, amêndoas e outros frutos secos não devem ser oferecidos aos animais, podem provocar desde simples gastroenterites, a pancreatites ou até intoxicações.
A ceia de Natal do seu cão ou gato deve ser constituída pelo seu alimento regular.

Perigo número 2

As decorações de Natal

  • A Árvore de Natal - Principalmente para quem tem gatos, manter uma árvore de Natal montada é um desafio porque os gatos adoram trepar. Atenção ao risco de queda da árvore.
  • Decorações quebráveis - Se ainda possui aquela lindas decorações de vidro na sua árvore, agora que tem um cachorro ou um gato, talvez seja melhor substituí-las. Os cães, e principalmente os gatos, adoram brincar com bolas e são atraídos por objetos brilhantes, havendo risco de queda e quebra destes objetos e consequentes lacerações nos seus amigos de quatro patas.
  • Luzes de Natal - Brilhantes e tão apelativas, se tem um animal que gosta de roer, existe risco de eletrocussão.
 
  • Fitas de Natal e fios - Estes enfeites apresentam dois riscos principais, principalmente para os gatos: 
 
-  Os animais podem enrolar-se neles, com risco de estrangulamento
- Os gatos ingerem com alguma facilidade objetos lineares, como linhas e fitas (corpos estranhos lineares) , podendo levar a obstrução intestinal grave, com risco de vida para o animal.
 Leve imediatamente o seu gato ao médico veterinário se ele deixar de comer e começar a vomitar. Se verificar que existe um pedaço de fio ou fita a sair pelo ânus, corte esse pedaço e não puxe, contacte o médico veterinário.

Perigo número 3

Os presentes de Natal

Os presentes de Natal que se encontram debaixo da árvore ou que se desembrulham e vão ficando espalhados pelo espaço podem ser um perigo para os seus animais porque:
  • Podem ser roídos ou conter peças pequenas, podendo provocar transtornos gastrointestinais, cortes e lacerações ou engasgamento
  • As fitas dos presentes são um risco para os gatos que as podem ingerir (corpo estranho linear)
  • Podem conter chocolates!!!


Perigo número 4

As plantas de Natal

Qualquer planta quando ingerida por cães ou gatos pode provocar algum problema gastrointestinal, com vómito ou diarreia, existem no entanto alguma que podem ser tóxicas.

Neste Natal tenha atenção com:

  • O pinheiro de Natal natural - Pode provocar irritação oral, vómito, diarreia e tremores
  • Estrela de Natal
  • A estrela de natal - Muito popular nas nossas casas, pode provocar gastrite grave com vómito e diarreia com sangue, além de problemas hepáticos 
    Azevinho
  • O azevinho - Pode provocar diarreia, vómito e depressão




Perigo número 5

As viagens e as visitas

As deslocações e as constantes entradas e saídas de pessoas, com aberturas de portas mais frequentes e mais confusão, podem facilitar a fuga de animais, principalmente se a azáfama da casa já os deixou um pouco ansiosos.

Peça também aos seus familiares e visitas, que não ofereçam guloseimas ao seu animal.


Desejo-lhe um Feliz Natal!




sexta-feira, dezembro 06, 2013

Desparasitação intestinal em cães e gatos, essencial não esquecer!


A desparasitação, quer interna, quer externa, é um pilar essencial da medicina veterinária preventiva.

Tendo já abordado as questões relacionadas com os parasitas externos num outro artigo (Pulgas, carraças e mosquitos!), impunha-se agora abordar o tema da desparasitação interna, mais concretamente, da desparasitação intestinal.

Os planos de desparasitação intestinal são normalmente definidos no decorrer das consultas de vacinação, mas embora inicialmente os proprietários adiram com entusiasmo, é fácil de verificar que a desparasitação intestinal é algo que rapidamente passa para segundo plano. 
Entre as causas para a ocorrência deste facto encontram-se o esquecimento por parte dos proprietários, as dificuldades de administração dos desparasitantes (frequentemente comprimidos para administração por via oral), dificuldades económicas, aconselhamento de outras entidades não veterinárias (amigos, vizinhos, lojas de animais), e a não visualização dos parasitas nas fezes dos animais, concluindo-se que o animal não está parasitado (o que não é necessariamente verdade).

O que é importante entender, é que a desparasitação intestinal regular é essencial não só para a saúde do seu animal mas também para a saúde humana, porque vários parasitas são transmissíveis ao Homem e são potenciais causadores de doença.


Parasitas intestinais mais comuns 


Nemátodes (vermes redondos ou lombrigas)

Ascarídeos e Ancylostoma 


Ascarídeos (Toxocara canis)
     

São parasitas que afetam principalmente animais jovens, alguns atravessam a barreira placentária e também se transmitem através do leite materno. Os animais adultos podem contaminar-se através da ingestão de ovos e larvas existentes no meio ambiente (nos jardins, em brinquedos contaminados), ou quando ocorre penetração de larvas através da pele (caso do Ancylostoma caninum).


Ciclo de Vida de Ancylostoma Caninum

Tricurídeos

São parasitas do intestino grosso e afetam principalmente adultos que se contaminam através da ingestão dos seus ovos.


Tricurídeos

Céstodes (vermes achatados ou ténias)

Dipylidium caninum

Ténia reconhecida pelos proprietários dos animais como tendo aspeto de um bago de arroz (que na realidade são apenas segmentos do parasita carregados de ovos) Os animais contaminam-se através da ingestão de pulgas (hospedeiro intermédio da ténia). 



Echinococcus granulosus

É uma ténia pequena cujo hospedeiro definitivo é o cão. É o agente da hidatidose ou quisto hidático.


O parasitismo nos animais

Os animais parasitados podem desenvolver vários quadros de doença, desde os mais graves aos mais simples, podendo estar presentes sintomas como diarreias, vómitos, dilatação abdominal, emagrecimento ou  pelo baço. Nos quadros mais graves podem ocorrer obstruções intestinais por parasitas com risco de vida para o animal.


Alguns animais podem ter infeções subclínicas, ou seja, não manifestam sintomas e não se observam parasitas nas fezes, mas podem contaminar o meio ambiente.

Doenças provocadas por parasitas intestinais de cães e gatos no Homem


  • Larva migrans visceralis (provocada pelo ascarideo Toxocara canis)
  • Larva migrans ocular (provocada pelo ascarideo Toxocara canis)
  • Larva migrans cutânea (provocada por Ancylostoma caninum)
  • Quisto hidático (provocada por Echinococcus granulosus, pode afetar os pulmões e o fígado)

Larva migrans cutânea


Protocolos de desparasitação

Os esquemas de desparasitação são normalmente adaptados ao animal, à sua espécie, idade, peso, meio ambiente em que se insere, à facilidade de administração e tendo em conta os tempos que correm, às condicionantes económicas dos proprietários.

Será o médico veterinário que irá aconselhar o tipo de desparasitante (um cachorro, gatinho ou fêmea gestante não farão o mesmo desparasitante de um animal adulto), a forma de administração e a frequência com que será realizada.

Os protocolos genéricos mais usados são:

Cachorros e gatinhos

Iniciam desparasitação aos 15 dias de vida, repetindo de 15 em 15 dias até aos 3 meses, e depois, uma vez por mês até aos 6 meses.

Animais a partir dos 6 meses

Desparasitação ideal de 3 em 3 meses

Animais gestantes

Desparasitar 15 dias antes e 15 dias após o parto


Qual o desparasitante que deve ser usado?

Normalmente é usado um desparasitante de largo espetro, ou seja, com capacidade de atuar em diversos tipos de parasitas.
Existem vários medicamentos no mercado e com formas de administração diversas, desde comprimidos, pastas e soluções para administração oral, a soluções spot-on para aplicação tópica (na pele), esta solução é frequentemente adotada quando os proprietários não conseguem administrar medicamentos por via oral.





Alguns exemplos de desparasitantes internos


Agora caro leitor, pergunte a si próprio: quando foi a última vez que desparasitou o seu animal?




terça-feira, novembro 19, 2013

Enriquecimento ambiental, fundamental para os seus gatos!

Cada vez mais frequentemente, os proprietários dos gatos exclusivamente de interior recorrem aos médicos veterinários pedindo ajuda para a resolução de inúmeros problemas comportamentais dos seus felinos, problemas esses que passam pela agressão entre gatos da mesma casa, agressão direcionada a pessoas (como morder as mãos ou tornozelos quando as pessoas se movimentam), comportamentos destrutivos (como arranhar objetos), eliminação desapropriada (urinar e defecar fora da caixa de areia), manifestações de ansiedade (como a limpeza excessiva do pêlo, levando-os a arrancar o próprio pêlo), entre outras situações.

Muitos destes problemas surgem pela falta de conhecimento do proprietário em relação às reais necessidades de um felino, e à falta de perceção de que um gato doméstico não está realmente domesticado, vivendo connosco numa situação de parceria, mas mantendo muitos dos seus instintos e características selvagens.



Cabe-nos a nós providenciar um ambiente correto para que o nosso gato possa exercer os comportamentos naturais da sua espécie.

O ambiente no qual o gato vive deve ser estruturado tendo em consideração que existe um ou mais felinos em casa, e não deve ser aborrecido. Devemos ter em conta que o gato é um animal com sentidos extremamente apurados e com uma agilidade excecional, o gato tem necessidade de explorar o seu ambiente e satisfazer a sua natural curiosidade, tem necessidade de caçar, de se alimentar, de descansar, de se refugiar e de se sentir seguro.

Devem existir zonas delimitadas e separadas de alimentação, descanso e brincadeira, e de eliminação (o gato não gosta de comer ao lado da casa de banho!).



Como implementar o enriquecimento ambiental?


O gato tem de caçar

O gato é um caçador, devemos estimular este comportamento através de atividades lúdicas e de brincadeira. Este comportamento pode ser estimulado através da interação com objetos, pessoas ou outros animais.

  • Podemos usar objetos como canas de pesca com penas na ponta, objetos pequenos como bolas, ratinhos ou até bolas de papel amachucado. Deve ser feita rotação de brinquedos para providenciar novidade.



  • Pode colocar objetos ou comida dentro de brinquedos com buracos (puzzle alimentar). O gato terá de "trabalhar" para chegar ao seu objetivo.
                  


  • Use túneis e coloque objetos lá dentro. Os túneis também servem de esconderijo.


O gato tem de afiar as unhas

Coloque arranhadores disponíveis. Se tiverem prateleiras estará a adicionar benefícios. Veja aqui o artigo correspondente a este tema.




O gato tem predileção pelas alturas

Os felinos gostam de locais elevados para poderem observar o seu ambiente ou para se refugiarem. O gato sente-se mais relaxado em locais elevados, daí ser frequente encontrar os gatos a dormir em cima dos armários ou das prateleiras.

  • Pode instalar prateleiras para o efeito. Tenha atenção que devem ter dimensão suficiente para o seu gato.
  • Pode construir percursos com prateleiras ou escadas (tem a vantagem de permitir que o seu gato se exercite).


O gato gosta de se esconder e deve-lhe ser permitido ter para onde fugir

Caixas com pequenas aberturas são uma solução.




O gato tem necessidade de estímulo visual, auditivo e olfativo

O acesso a janelas (tomando medidas para evitar a fuga do animal) é uma solução. Os gatos também gostam muito de observar aquários.





Se existem vários gatos em casa, deve ter ainda atenção às caixas de areia e às taças de água e comida, que devem ser múltiplas e distribuídas por vários pontos da casa.

Tenha gatos felizes!




quinta-feira, novembro 07, 2013

Gostaria que o seu gato deixasse de arranhar o sofá?

Foto: Conseguiremos nós domesticar o nosso gato?


Arranhar objectos faz parte do comportamento normal de qualquer felino, portanto, é completamente impossível evitar que o seu gato arranhe qualquer coisa lá por casa.
É necessário providenciar alternativas aceitáveis para que o seu gato se comporte como gato, e ainda assim, conseguirmos manter a salvo todos os sofás, cadeiras, móveis, tapetes e cortinados.


Mas porque razão os gatos arranham objectos?

Os gatos arranham os objectos do seu meio ambiente para:
  • "Afiar" as unhas, eliminando lascas e camadas soltas
  • Se exercitarem e alongarem os músculos
  • Como forma de marcação de território através do efeito visual (do comportamento e da marca deixada), e através do odor deixado pelas feromonas produzidas por glândulas das almofadas plantares.

Tenho um gatinho novo em casa. Como evitar que comece a arranhar sofás e móveis?

Prevenir é sempre mais fácil que remediar.
Devem ser providenciadas várias alternativas, e o gatinho deve ser encorajado a arranhar nesses locais, associando a brincadeira e o reforço positivo ao objecto que pretendemos que o nosso gato use.

  • Coloque arranhadores no local onde o gato dorme ou descansa e no local onde passa mais tempo
  • Tente perceber qual o substrato preferido para o seu gato arranhar, há gatos que preferem corda e sisal, outros preferem tecidos, podem ser necessárias algumas tentativas até acertar no arranhador mais aprazível para o seu gato
  • Tente perceber se o seu gato prefere arranhar em superfícies verticais ou horizontais
  • Associe brinquedos que o seu gato goste ao arranhador, torne o arranhador lúdico e interessante.
  • Os arranhadores devem ser estáveis e de tamanho adequado para que o seu gato se possa alongar completamente
















O meu gato arranha sofás e móveis. Como evitar que isto continue a ocorrer?

Muito simples! Talvez!
Para evitar que os gatos continuem a arranhar os locais que para eles são fantásticos mas para nós são inaceitáveis, devemos tornar esses locais aversivos e desagradáveis para o gato. Por outro lado, devemos simultâneamente, oferecer-lhes uma alternativa agradável para realizarem o seu comportamento normal.
Não se esqueça que a punição não funciona muito bem com gatos, portanto, gritar ou punição física não vão resolver qualquer problema, podendo até despoletar comportamentos agressivos de defesa.

  • Cubra os objectos que quer proteger com substratos desagradáveis para o seu gato: fita cola de dupla face (os gatos não gostam de superfícies que colem), ou folha de alumínio 
  • Pode associar um barulho desagradável no momento que o gato começa a arranhar. Não convém que o gato se aperceba de onde vem o som, e não é conveniente que o barulho seja de tal forma intenso que deixe o gato assustado ou ansioso.
  • Coloque um arranhador (com as características mencionadas anteriormente) próximo do local onde o animal costumava arranhar (por exemplo, ao lado do sofá)
  • Há medida que o seu gato se afeiçoa ao novo objecto,pode ir afastando do local original
  • Se está na altura de substituir algum objecto da casa que o seu gato usava para arranhar (como um tapete), não o elimine, guarde-o para o seu gato, provavelmente ele irá continuar a usá-lo, salvando o novo.

Além de tudo isto, poderá ainda cortar regularmente as unhas do seu gato para minimizar os estragos (verifique como cortar as unhas do seu gato)
Atenção,  gatos com acesso ao exterior não devem cortar as unhas porque precisam delas para se defenderem e para trepar.

Não se esqueça que pode ser necessária alguma paciência e muitas tentativas até acertar com a fórmula correcta, mas não desista!

quinta-feira, outubro 31, 2013

Chegou o frio! O seu animal tem dores nos ossos?

Se o seu cão começa a manifestar alguma dificuldade de locomoção, já não corre como antes ou de manhã demora mais tempo a levantar-se, é provável que comece a sofrer de algum tipo de problema a nível articular, provavelmente, de osteoartrite.

Estes sintomas têm alguma tendência a agravar-se com a diminuição das temperaturas, à medida que nos aproximamos do Inverno.

Muitos donos de cães encaram estes sintomas como o resultado de um inevitável processo de envelhecimento, no entanto, temos ao nosso dispôr, inúmeras soluções que podem ajudar o seu animal a ter uma qualidade de vida como ele a merece, com o mínimo de dor e sofrimento.





O que é a osteoartrite?

A osteoartrite é uma doença degenerativa das articulações, progressiva e permanente, na qual ocorre uma inflamação crónica da articulação devido à degradação da cartilagem.
Dentro das articulações mais afetadas encontram-se a articulação coxo-femoral (anca), a articulação do joelho, do cotovelo, do carpo ("pulso") e as articulações intervertebrais (coluna).
Esta condição não tem cura, iniciando-se o processo tem tendência a agravar-se.




O que provoca a osteoartrite?

A osteoartrite ocorre principalmente em cães mais idosos como resultado do processo natural de desgaste das articulações. Animais de grande porte ou animais obesos (cujas articulações sofreram mais pressão ao longo da vida), têm maior predisposição para desenvolver a doença.
Animais com alterações nas articulações como a displasia da anca ou luxação da rótula também têm maior predisposição ao desenvolvimento da patologia.
A osteoartrite desenvolve-se ainda nas articulações que tenham sofrido lesões ou traumas anteriores.



Quais os sintomas de osteoartrite?

  • Dificuldade de locomoção e postura anormal
  • Rigidez das articulações principalmente quando se levantam
  • Dificuldade em subir ou descer escadas
  • Dificuldade em saltar
  • Dificuldade em sentar-se ou levantar-se
  • Relutância em ir passear e andamento mais lento
  • Gemidos
  • Lambedura insistente do local da articulação (por dor e desconforto)
  • Claudicação (coxear)
  • Animal não pára quieto e não consegue ter posição para se deitar
  • Manifestação de dor quando se toca ou manipula a articulação
  • Crepitação quando se move a articulação

Como se diagnostica?

O diagnóstico é feito através da combinação do exame físico e história clínica do animal, a confirmação é feita com a realização de Rx.


Quais os tratamentos disponíveis para a osteoartrite canina?

Com referi anteriormente, esta patologia não tem cura, mas é possível melhorar muito a qualidade de vida dos animais que sofrem da doença.

As terapêuticas centram-se em reduzir a progressão da doença e aliviar a inflamação e a dor do animal.

Os protocolos terapêuticos são adaptados à situação específica de cada animal, e podem incluir:

  • Anti-inflamatórios não esteróides (AINE)
Os AINE são usados para controlar a inflamação e a dor resultantes do processo. A medicina veterinária oferece muitas soluções, que permitem realizar tratamentos pontuais (em situações mais agudas) ou manter tratamentos muito prolongados com minimização de efeitos secundários.

  • Corticosteróides
Poderão ser usados em alternativa aos AINE em algumas situações.

  • Analgésicos
O seu médico veterinário assistente poderá em algumas casos associar algum analgésico ao anti-inflamatório.

  • Suplementos alimentares
Glucosamina, condroitina, ácido hialorónico e ácidos gordos (omega 3), são agentes que ajudam a reduzir a inflamação e reduzem a progressão da doença. Animais que beneficiam desta suplementação têm uma notória diminuição do desconforto e da dor.
Estes suplementos podem ser encontrados sob a forma de produtos para administração oral, ou em dietas  especialmente formuladas para suporte de animais com patologia articular.

  • Terapêuticas alternativas como a acunpunctura ou homeopatia

  • Fisioterapia , terapia em meio aquático como tapete rolante sub-aquático






Além destas terapêuticas, os donos poderão tomar outro tipo de medidas que irão facilitar a vida do animal e retardar a evolução do problema:

  • Controlar o peso do animal
  • Manter  o animal com exercício regular moderado para impedir a atrofia muscular
  • Evitar saltos, pulos ou que o animal se mantenha apenas nos membros posteriores
  • Providenciar cama acolchoada
  • Evitar exposição ao frio

O seu animal não precisa de sofrer com dor, procure o seu médico veterinário e avalie as soluções possíveis.