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terça-feira, setembro 03, 2013

Regresso a casa e uma infestação de pulgas!!!

Para muitos de nós acabaram as férias e está na altura de regressar a casa e ao trabalho. 
Acabaram os dias sem relógio e sem obrigações e instala-se um certo nervoso miudinho e até alguma pequena irritação por ter de voltar às rotinas, mesmo quando o nosso trabalho é fonte de prazer e satisfação.
Todos estes sentimentos serão comuns a muitos de vós.
O que muitos de vós que têm cães ou gatos, e que deixaram a casa com os donos para passarem as férias em família ou em algum hotel canil ou gatil não esperarão quando regressarem ao vosso lar será o ataque de centenas de pontinhos pretos sedentos de alimento, e que não escolhem hospedeiro, picando todos os seres de duas e de quatro patas que se atravessem no caminho.

Tem uma infestação de pulgas em casa!
                                                    
                             


Perguntará o leitor: Como entraram as pulgas? Nunca vi pulgas em casa!

A resposta é: Não viu mas já se encontravam em casa quando saiu. 

Para entender o processo temos que perceber um pouco o ciclo de vida da pulga, ou seja, como se reproduz.




A pulga adulta alimenta-se de sangue no seu hospedeiro (animal ou humano) e coloca os seus ovos na superfície do hospedeiro.
Esses ovos vão cair para o chão e irão eclodir em cerca de duas semanas dando origem às larvas de pulga.
As larvas alimentam-se de fezes de pulga e outros detritos orgânicos que se encontram no chão, vão passando por vários estados larvares até se envolverem num casulo e chegarem à fase de pupa. Este processo demora cerca de duas semanas. 
O ciclo completo demorará entre três a quatro semanas.
No entanto, a pulga adulta só sairá do casulo se tiver condições de sobrevivência, ou seja, se tiver um hospedeiro que lhe permita alimentar-se. Desta forma, quando deixamos as nossas casas vazias por períodos mais ou menos prolongados, as pulgas só sairão do seu casulo no momento em que entramos em casa, assim que sentirem a vibração do solo, indicando que alimento fresco está a caminho.

Como prevenir e como resolver o problema?

A prevenção passa por actuar em duas frentes: no animal e no meio ambiente.

O animal deverá ser protegido durante todo o ano porque mesmo durante o Inverno as condições de temperatura e humidade dentro das nossas casas permitem a reprodução das pulga. Essa proteção poderá ser conseguida através da aplicação de antiparasitários externos com ação nos adultos e também nos ovos e larvas, podendo ser associados medicamentos de administração oral que atuam diretamente na reprodução da pulga.
Saiba mais sobre as soluções existentes em:


A prevenção no meio ambiente passa por aspirar regularmente e lavar o solo e tecidos onde o animal passe mais tempo. 
Os tapetes, carpetes e chão de madeira com frestas são ambientes mais propícios ao desenvolvimento das pulgas, sendo os mosaicos muito mais fáceis de manter.
Poderão ser utilizados inseticidas de ambiente para controlar a população.
Atenção que a maior parte destes inseticidas é tóxico para pessoas e animais, e não devem ser colocados nos locais que vão ser frequentados imediatamente. Eu costumo recomendar que o tratamento seja feito num dia de fim de semana, sendo a aplicação feita de manhã e deixando as janelas abertas, o produto atua enquanto a família (animais incluídos) vai passear. No final do dia basta aspirar e lavar. Mesmo assim deve limitar o acesso dos animais ás zonas tratadas.
Deve sempre respeitar as indicações de segurança dos produtos.
Considero os dois exemplos seguintes seguros e eficazes.

Produto para tratamento de meio ambiente
Não tóxico para animais e pessoas
Encontra em centros médico veterinários
Encontra em superfícies comerciais
Recomendo uma aplicação de um produto de controlo ambiental no dia que sair para férias, desta forma conseguirá controlar a reprodução.

As camas, mantas e cobertores dos animais devem ser lavadas regularmente a temperaturas elevadas.



A resolução da situação quando já temos o problema instalado passa por:
  • Aplicação de antiparasitário externo no animal
  • Administração oral de medicamentos ao animal que ajudem a eliminar rapidamente as pulgas (ex:Capstar)
  • Aplicação de produto de controlo ambiental
  • Lavagem de superfícies e camas de animais.
Existem soluções eficazes e rápidas para resolver o problema, não desespere e atue rapidamente. 


terça-feira, agosto 13, 2013

O meu cão enjoa quando viaja de carro. O que fazer?

O leitor e o seu cão deslocam-se de carro em direcção às suas merecidas férias, ou apenas para um passeio num jardim mais longínquo, ou até para a clínica veterinária para a consulta de rotina e vacinação. De repente, apercebe-se que o seu cão está inquieto, agitado,vocaliza de forma aflitiva, a baba já quase enche uma taça e o seu cão acaba por vomitar toda a refeição que lhe deu antes da viagem. Para completar o quadro só falta uma coloração esverdeada na pele que caracteriza os humanos que sofrem do mesmo mal.

É verdade, o seu cão enjoa quando se desloca de carro.

Em época de férias em que as viagens são mais longas, é frequente os donos dos cães deslocarem-se às clínicas e pedirem medicação que controle esta situação, e normalmente lá seguem viagem sem grandes problemas e com o cão a dormir durante todo o percurso e ainda mais umas horas depois da chegada ao destino, isto porque a maior parte das soluções com medicamentos têm como efeito a sedação do animal.






Mas afinal, qual a razão disto acontecer? E como podemos resolver o problema?

Normalmente são os cachorros e cães mais jovens que têm maior tendência a enjoar. Isto ocorre porque as estruturas que controlam o equilíbrio não estão ainda completamente desenvolvidas.
A maior parte dos animais acaba por resolver este problema à medida que cresce.

Existem no entanto alguns animais que nunca ultrapassam a situação. A razão prende-se com questões comportamentais. São cães que associam a viagem de carro a algo negativo e desconfortável como o simples facto de ficarem maldispostos e vomitarem, ou até uma visita ao veterinário. Alguns destes animais começam a exibir sinais de ansiedade apenas com a aproximação ao automóvel ainda antes de se ligar o motor.

Para ajudar o seu animal e aumentar a sua tolerância às deslocações de carro, terá de transformar o carro e a viagem em algo agradável, de forma a que este os associe a algo positivo, para isso terá de ter algum tempo e paciência.

Poderá começar o processo por fases, inicialmente fazer a aproximação ao carro sem entrar, depois colocar o animal no carro sem ligar o motor e ir aumentando o tempo que permanece no seu interior, a seguir começar por percorrer pequenos percursos, ir aumentando as distâncias e levando o animal a locais que sejam agradáveis para ele.
O animal deve ser recompensado com uma guloseima ou brinquedo quando não manifestar sinais de ansiedade e só deve passar à fase seguinte quando o seu cão já não ficar incomodado com a fase anterior.




O que podemos fazer para minimizar o problema quando temos de viajar e o animal ainda enjoa?

  • Fazer uma refeição mais pequena que o habitual antes da viagem
  • Fazer paragens frequentes e pequenos passeios durante a viagem
  • Manter o interior do veículo fresco e bem ventilado
  • Transportar o animal numa caixa transportadora

Se continuar com problemas, procure um médico veterinário porque poderá ser necessário fazer medicação.


A medicação necessita de ser administrada algum tempo antes da deslocação (normalmente 1 a 2 horas antes). Os medicamentos mais usados são:
  • Dimenidrinato (o mesmo medicamento anti-náusea que as pessoas usam, tem a sedação como efeito secundário)
  • Sedativos
  • Maropitant (nome comercial - Cerenia), medicamento de uso veterinário que controla a náusea e tem como vantagem não ter qualquer efeito sedativo.

Importante: não administre qualquer medicamento ao seu cão sem consultar um médico veterinário.


Boas viagens!

quinta-feira, julho 25, 2013

Vou viajar com o meu animal para fora do país. O que devo fazer?






As regras sanitárias e de transporte de animais para fora de Portugal variam com o país de destino.

Estas regras podem passar, dependendo do destino, por vacinações e desparasitações específicas, análises para determinar a eficácia das vacinações ou para comprovar que o animal está livre de determinada doença, detenção de certificados sanitários emitidos por um médico veterinário ou pela autoridade oficial e por vezes ainda são necessárias autorizações de importação emitidas pelo país de destino.

A viagem deverá ser preparada informando-se atempadamente de quais os requisitos necessários.

Poderá encontrar todas as informações consultando:


  1. O portal da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) 
  2. A embaixada ou consulado do país de destino (para países fora da União Europeia
  3. Um médico veterinário que exerça clínica de animais de companhia. O médico veterinário irá administrar as vacinas, aplicar o microchip e executar os exames necessários, emitindo depois os certificados sanitários.
  4. A companhia aérea (ou outro  meio de transporte) que irá transportar o animal. As regras de transporte podem variar entre companhias e consoante o país de destino. Se o animal for transportado em veículo próprio continuam a ser aplicadas as mesmas regras sanitárias.




Para o seu animal de companhia viajar para um dos estados membros da União Europeia deve:



  • Estar identificado com microchip
  • Ter vacinação anti-rábica válida ( feita há mais de 21 dias se primovacinação e há menos de um ano)
  • Ser detentor de Passaporte para Animal de Companhia da União Europeia ("Passaporte Azul"), que será emitido pelo médico veterinário.

Embora não pertencendo à União Europeia, os seguintes países seguem as mesmas regras: Noruega, Croácia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mónaco , São Marino, Suíça , Estado da Cidade do Vaticano e Croácia.

Para viajar para o Reino Unido, Irlanda, Malta, Finlândia e também Noruega, é necessário efectuar ainda desparasitação contra  Echinococcus multiloculares.

Ao viajar para fora da União Europeia deverá cumprir os requisitos específicos do país de destino.
É necessário normalmente um certificado sanitário oficial emitido pela autoridade competente.
Alguns países exigem autorização de importação, deverá para isso consultar o consulado respectivo.
Se pretender regressar ao espaço europeu deve ter em atenção que regra geral é necessária uma análise para verificar a eficácia da vacinação anti-rábica (titulação de anticorpos).
Será sempre preferível efectuar a análise em Portugal, o documento resultante será sempre válido desde que revacine o animal contra raiva dentro dos prazos requeridos. Caso esta análise seja feita fora da União Europeia terá de aguardar 3 meses antes de regressar.

Estas regras gerais são aplicáveis a cães, gatos e furões, animais de companhia sem caractér comercial.

Se pretender viajar com outro tipo de animais deve consultar a legislação específica de cada estado pois não existe ainda legislação harmonizada.

É fundamental que prepare a viagem com antecedência porque existem procedimentos que levam algum tempo a ser concluídos, não o fazendo corre o risco do seu animal não poder acompanhá-lo.

Boas viagens!