quinta-feira, março 06, 2014

Como ensinar o seu cachorro a fazer as necessidades no sítio certo




Não existe primeira consulta de um cachorro não qual esta questão não surja, e infelizmente, mitos como esfregar o focinho nas necessidades ou punir um cão com um jornal quando o animal se "descuida" fora do local pretendido, ainda estão muito presentes na mente colectiva, mas na realidade, estas formas de treino não são eficazes, e a único resultado que podem produzir, é provocar medo no animal.

Para o sucesso é necessário paciência, reforço positivo e rotinas definidas.

O que fazer para o animal aprender?


  • Escolha o local onde pretende que o seu cachorro comece a fazer as necessidades
    • Se possível, escolha um local no exterior (jardim, terraço), e que seja facilmente acessível ao animal
    • Não sendo possível um local exterior, seja porque o animal ainda não se encontra vacinado e não pode vir ao espaço público exterior, ou porque por alguma razão não é possível trazê-lo à rua, coloque um resguardo ou papel de jornal numa divisão da casa, com a cama e comedouro e bebedouro no ponto oposto da divisão. Quando não é possível supervisionar o animal, este deve ficar confinado a esta divisão enquanto a aprendizagem não está concluída.

  • Leve-o regularmente ao local pretendido, se o animal eliminar deverá ser imediatamente recompensado (reforço positivo), oferecendo um biscoito ou associando um momento de brincadeira (mas só após o comportamento desejado).

  • Inicialmente leve-o se possível de hora em hora. Existem alturas específicas em que os animais têm maior necessidade de eliminar, deve aproveitá-las para o colocar no local de eliminação:
    • Após períodos de brincadeira ou exercício
    • Se estiverem confinados numa divisão, caixa ou transportadora, logo após serem libertos
    • Após acordarem
    • Após comerem ou beberem, 15 a 30 minutos depois têm necessidade de eliminar
    • Leve-o a eliminar antes da altura de dormir

  • Coloque o animal no local desejado durante 5 minutos. Se não ocorrer eliminação, volte para casa e observe o animal, voltando a tentar dentro de 15 a 30 minutos

  • Aprenda a reconhecer os sinais que o seu cão lhe mostra: começar a cheirar o chão, ficar inquieto e começar a andar em círculos ou para trás e para a frente. Nessa altura, coloque-o no local pretendido.

  • Associe um comando de voz quando o animal se dirige ao local correto (por exemplo:"rua")



O que fazer quando o animal elimina no local errado?



  • Não use punição física, só irá induzir medo no animal e este irá eliminar quando o dono não está presente
  • Se ao chegar a casa encontrar necessidades no chão não corrija o animal porque este já não irá fazer a associação com aquilo que fez incorretamente.
  • Se apanhar o animal no ato, interrompa imediatamente (por exemplo com: não!pára!ou bater palmas), leve-o ao local pretendido e recompense-o imediatamente se eliminar no local certo.

Bons treinos!

quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Gatos obesos, como emagrecer?

A obesidade é definida como excesso de peso 15% a 20% acima do peso ideal, devido ao excesso de tecido adiposo (gordura corporal), e ocorre quando a quantidade de energia adquirida (pela ingestão de alimento), é superior à quantidade de energia despendida pelo animal (através do exercício e metabolismo).



Atualmente observamos um grande número de gatos obesos (alguns autênticos "Garfields") nas consultas, e os fatores associados  a este problema são: excesso de alimento fornecido pelos donos, falta de exercício físico (os gatos de interior têm maior tendência para obesidade que gatos com acesso ao exterior), esterilização cirúrgica (animais castrados têm menos 30% de necessidades calóricas, como tal a dieta deverá ser adaptada para prevenir a obesidade), fatores genéticos e distúrbios metabólicos.

Tal como nos humanos, a obesidade nos felinos predispõe a uma série de outras doenças e complicações tais como diabetes tipo II, osteoartrite, problemas urinários (como infeções e obstruções por cálculos urinários), dificuldade respiratória (por compressão do tórax), problemas cardiovasculares e neoplasias.
Gatos obesos têm uma esperança média de vida inferior a gatos não obesos.


Como saber se o seu animal está obeso?


Tabela de classificação de condição corporal


Um animal com peso ideal deve ser bem proporcionado, deve ser possível observar uma linha de cintura atrás das costelas, e devemos conseguir sentir as costelas por baixo de uma pequena quantidade de gordura.

Se não conseguir sentir as costelas do seu gato, ele estará definitivamente obeso.



Como emagrecer o seu felino?



Em primeiro lugar será necessário o compromisso de todos os membros da casa no sentido de respeitar as regras da dieta que irá ser iniciada.

Dieta
O seu médico veterinário assistente irá determinar qual o tipo de alimento ideal para o seu gato e qual a quantidade diária a ser administrada, de forma a atingir o peso ideal.

A quantidade de alimento determinada deverá ser administrada ao longo do dia, dividida em refeições a hora específicas e com quantidades específicas.

Exercício
A atividade física deve ser estimulada através de brincadeiras, usando os ponteiros laser, as canas de pesca, colocando alimento em locais em que o gato tenha que se exercitar para o ir buscar, ou até adquirindo outro animal.

Prevenção

As quantidades diárias de alimento recomendadas pelas marcas ou pelo seu médico veterinário devem ser respeitadas. Evite ceder à tentação de ter sempre o alimento à disposição na forma de "taça cheia".

Após a esterilização as necessidades calóricas do seu gato diminuem muito, deverá por isso adaptar a quantidade e tipo de alimento do seu animal, idealmente optando por dietas específicas para gatos esterilizados.


Três fatores a ter em consideração

Tipo de alimento+Quantidade de alimento+Exercício físico


Mantenha o seu gato saudável!


quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Nós e os gatos


Os gatos são enigmáticos e muitas vezes difíceis de compreender. Ou talvez não. A verdade é que o desconhecimento da verdadeira natureza dos gatos por parte dos donos resulta frequentemente em comportamentos indesejados.
Este vídeo faz um excelente resumo com muitas dicas para donos de gatos, com particular destaque para a importância do enriquecimento ambiental e a importância da brincadeira.
Excelente nota também para a desmistificação do gato como principal culpado na transmissão da toxoplasmose.

Se tem ou quer vir a ter um amigo felino, aconselho a vizualização deste vídeo.


Tenha gatos felizes!

terça-feira, janeiro 28, 2014

Tumores mamários em cadelas e gatas


Os tumores mamários em cadelas ou gatas continuam a ser dos tumores mais frequentes que surgem na prática clínica diária.



São mais comuns em animais que não foram esterilizados, ou que foram esterilizados tardiamente.

A esterilização precoce, até aos 2 anos de idade, tem um efeito protetor, reduzindo a probabilidade de surgirem tumores mamários mais tarde, sendo que, quanto mais cedo a esterilização for feita, menor a probabilidade de ocorrerem tumores (animais esterilizados antes do primeiro cio têm uma probabilidade quase nula de desenvolverem a patologia).

O uso de anovulatórios ( a pílula ou a injeção para não ter o cio), também aumenta a probabilidade das gatas ou cadelas virem a ter estes tumores.

No caso das cadelas, 50% dos tumores são malignos e 50% são benignos. No caso das gatas, 85% dos tumores são malignos e muitas vezes extremamente agressivos.

Sintomas

  • Massa/nódulo palpável debaixo da pele do abdómen ou tórax (na zona circundante às mamas)
  • Descarga da glândula mamária
  • Ulceração da pele da glândula mamária
  • Dor
  • Falta de apetite
  • Prostração
  • Dificuldade respiratória


Frequentemente, o único sinal é a presença do nódulo sem qualquer outra alteração no animal.
Os sintomas relacionados com alteração de estado geral, estão associados a malignidade e metastização dos tumores.

Diagnóstico

Além do exame físico, podem ser realizadas citologias e biópsias para identificação do tumor. Rx torácico e ecografia abdominal são realizadas para avaliação de possíveis metátases (frequentes no pulmão e no fígado).

Tratamento

O tratamento de tumores mamários passará quase sempre pela resolução cirúrgica (no caso das cadelas existe um tipo específico de tumor muito agressivo para o qual a cirurgia não trará benefícios - o carcinoma mamário inflamatório).
Quanto mais pequeno for o nódulo, melhor será o prognóstico, portanto, a rapidez da decisão é importante.
O tipo de cirurgia realizada dependerá de vários fatores como o tipo de tumor, a sua localização, a sua dimensão. O seu médico veterinário avaliará a situação, e a cirurgia poderá consistir apenas na remoção do nódulo, ou ter uma abordagem mais agressiva, sendo feita a remoção de toda uma cadeia mamária (todas as mamas do mesmo lado).

Já existem protocolos de quimioterapia disponíveis mas a sua eficácia não é ainda totalmente clara.

Prognóstico

O prognóstico depende muito do tipo de tumor e do seu estado de evolução, no entanto, muitos animais, com intervenções precoces (tumores à altura da cirurgia com dimensão inferior a 3 cm), podem viver muitos anos.


Pontos chave

  • A esterilização precoce de gatas e cadelas previne tumores mamários
  • O uso de pílulas e injeções anticoncepcionais aumentam a probabilidade de existirem tumores
  • Quanto mais cedo for realizada a cirurgia, maior será a probabilidade de sobrevivência por mais tempo do animal.







quinta-feira, janeiro 23, 2014

Colapso da traqueia em cães


Se o seu cão é daqueles que se engasga quando se excita ou bebe água, é possível que estejamos perante um caso de colapso da traqueia.

A traqueia é um orgão em forma de tubo, que transporta o ar até aos pulmões. É formada por um série de anéis cartilagíneos (semelhantes a um tubo de aspirador).

Em alguns animais, esses anéis vão perdendo a capacidade de manter a sua forma, e começam a achatar-se, tornando o interior da traqueia mais estreito, dificultando assim a passagem do ar, e gerando engasgos e tosse seca.


A seta aponta o local em que a traqueia está estenosada.
A preto vê-se o ar dentro da traqueia antes e depois da estenose.

É mais comum em cães de raças pequenas como os Caniches, Spitz, Shi-tzu, Pug, Yorkshire terrier e Bichon maltês, e tem tendência a agravar-se com a idade e a obesidade.

O principal sintoma desta doença é a tosse seca, muitas vezes descrita como "grasnar de ganso". É normalmente despoletada por situações de maior excitação do animal, quando bebe água ou a comer, quando se puxa a coleira comprimindo a traqueia, ou quando o animal fica exposto a irritantes como fumo do tabaco.

Patologias cardíacas ou brônquicas também podem ser a causa do agravamento de sintomas.

O animal poderá apresentar também dificuldade em respirarintolerância ao exercício ou uma cor azulada das mucosas (cor da gengiva e da língua por exemplo). 

O diagnóstico desta doença é feito através da história e sinais clínicos dos animais, exame radiológico e eventualmente broncoscopia.

Embora muitos animais vivam a sua vida sem crises muito complicadas, sendo sempre aconselhável que a sua vida não inclua muita excitação ou exercício intenso, alguns necessitam de tratamento médico.

O tratamento desta patologia é feito recorrendo a antitussicos, broncodilatadores, anti-inflamatórios e por vezes sedativos. Em algumas situações poderá ser necessário oxigenoterapia.



Animais obesos devem emagrecer, e as coleiras cervicais devem ser substituídas por peitorais.

Em animais que não respondem ao tratamento médico poderá ser equacionada a resolução cirúrgica.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

Dean Russo - Retratos cheios de cor

Desde sempre que os animais surgem nas obras dos mais variados artistas e das mais variadas correntes, mostrando claramente que desde sempre as relações entre animais e pessoas geram os mais variados sentimentos e emoções, que alguns resolvem imortalizar para outros poderem apreciar e interiorizar.

Hoje deixo-vos com alguns dos trabalhos de um artista contemporâneo americano, Dean Russo, e nos quais ele retrata a sua relação com os animais através de representações cheias de cores brilhantes e extremamente expressivas.








Podem descobrir o trabalho deste artista aqui.

terça-feira, janeiro 07, 2014

Cachorro novo em casa! E o que faço com ele?!


Ano Novo, Vida Nova, e para alguns de nós, novo animal de estimação, seja ele um presente de Natal, ou um resolução para o novo ano que se inicia.

Para quem nunca teve nenhum animal ao seu cuidado, os primeiros dias são em alguns casos, de ansiedade, muitas dúvidas, e por vezes, alguns "pequeninos erros" à mistura. A primeira consulta com o médico veterinário, é muitas vezes acompanhada por uma longa lista de perguntas.

Hoje, vou dar-lhe algumas dicas acerca do que deve fazer com o seu novo cachorro. Oportunamente falarei sobre os gatinhos.


O cachorro não deve ser colocado no chão em espaços públicos até ter sido vacinado.

O meio ambiente pode estar contaminado com microorganismos (vírus, parasitas), e o seu cachorro, até realizar as vacinas encontra-se vulnerável.

O animal não deverá ter contacto com outros cães acerca dos quais desconheça o estado vacinal

O seu cão poderá e deverá contactar com outros animais, no entanto, certifique-se que estes se encontram correctamente vacinados.

Mantenha o mesmo alimento que o animal comia antes de se encontrar em sua casa.

As alterações alimentares devem realizar-se de forma gradual. Se tiver de alterar a alimentação, procure misturar o novo alimento com o antigo, alterando gradualmente as proporções. O seu médico veterinário poderá ajudá-lo a escolher o tipo de alimentação mais adequada ao seu cachorro, de qualquer  forma, opte sempre por marcas de boa qualidade.

Se pretender oferecer comida caseira, lembre-se que os "restos" não são adequados, e é mais difícil conseguir o melhor equilíbrio nutricional.

Não ofereça ao seu cão:

  • Comida condimentada
  • Carne de porco
  • Ossos
  • Cebola e alho
  • Chocolate
  • Uvas
  • Abacate

Tenha uma cama para cachorro confortável e acolhedora disponível e coloque-a em local tranquilo para o animal poder descansar.

Providencie alguns brinquedos para o seu cachorro.

Evite dar banho ao seu cachorro

Se tiver necessidade, use um champô adequado à idade do animal, dê banho com água morna e em local resguardado de correntes de ar. Evite que a água entre dentro dos ouvidos.
Seque muito bem o animal com uma toalha e coloque-o em local abrigado.
O uso do secador pode requerer algum treino porque alguns animais poderão assustar-se com o ruído.


O seu cachorro irá aprender a fazer as necessidades apenas num local, mas é necessário alguma paciência.

Coloque um resguardo ou jornal no local que pretende que seja usado pelo animal.
Os cachorros têm necessidade de "ir ao jornal" em alturas específicas como após acordar, após uma refeição, ou após um período de brincadeira intensa. Aproveite estes momentos para o colocar no local pretendido, e se o animal tiver o comportamento adequado, não se esqueça de reforçar positivamente este comportamento (com um biscoito de recompensa e festas).
Se o animal urinar ou defecar fora do sítio, deverá travar esse comportamento no momento e colocá-lo no local correcto. Técnicas como "esfregar o focinho na urina" não trazem qualquer resultado positivo. Se chegar a casa e encontrar tudo sujo, também não vale a pena gastar a sua energia a repreender o cachorro, porque ele já não fará a associação ao comportamento indesejado.
Enquanto o cachorro não tiver o comportamento correcto apreendido, mantenha-o em local restrito e perto do jornal ou resguardo. Estando mais próximo, irá lembrar-se melhor daquilo que tem de fazer.

Leve o seu cachorro a uma consulta com o médico veterinário assim que for possível

Se o seu cachorro não manifestar quaisquer sinais de mau estar ou doença, aguarde dois ou três dias antes de o levar à consulta, desta forma, conhecerá melhor o seu animal. Um animal saudável deve interagir com o seu ambiente, deve alimentar-se correctamente, não deverá ter corrimentos nasais ou oculares, as fezes deverão ser moldadas, não deve apresentar lesões na pele. Se verificar alterações em algum destes parâmetros, leve-o imediatamente ao médico veterinário.

O seu médico veterinário irá esclarecer todas as suas dúvidas.

E agora, basta retribuir o amor incondicional que o seu cachorro lhe dará!



terça-feira, dezembro 31, 2013

Os cães, os gatos e o Ano Novo

Os perigos da festa de Ano Novo


 


Ano Novo, Vida Nova, e a poucas horas dos festejos que darão as boas vindas ao novo ano, é importante lembrar, que para quem tem cães ou gatos, os preparativos para a grande festa devem incluir práticas com vista à segurança dos seus animais.

Além de todos os perigos já mencionados no artigo "Os cães, os gatos e o Natal...", e que devem ser acautelados, surgem outros perigos relacionados essencialmente com o ruído excessivo característico desta celebração.

O fogo de artifício, a música com som elevado, as buzinas dos automóveis, as panelas que batem ou cornetas que se tocam de acordo com o gosto ou tradição de cada um, induzem nos animais medo e stress, podendo daí resultar fugas e perdas de animais, ou acidentes com traumatismos mais ou menos graves.

O álcool também faz parte das tradições da festa de Ano Novo, e entre possíveis excessos, o seu animal poderá ficar à mercê de algum convidado mais "alegre", que conscientemente ou não, poderá colocar em risco a sua segurança.

Cuidados com os cães



  • Mantenha os seus animais dentro de casa durante os fogos de artifício.    
    • O som assusta os animais que podem ficar em pânico, desorientados e até agressivos.
    • Um animal em pânico pode facilmente fugir, identifique o seu animal com microchip e identificação na coleira
    • Os animais que habitualmente dormem no exterior devem ser recolhidos para o interior de casa:
      • Pode fugir ou magoar-se ao tentar saltar vedações
      • Existe perigo de estrangulamento no caso de animais que estão presos por coleira e trela.
  • Mantenha o animal fechado numa divisão da casa mais tranquila, sem janelas ou com janelas bem trancadas e bem isoladas. Desta forma minimiza-se o risco de fuga pelas janelas, e o ruído exterior é menos intenso.
  • Mantenha uma televisão ou rádio ligados na divisão em que se encontra o animal de forma a abafar os ruídos vindos do exterior.
  • Se possível, mantenha o animal acompanhado por alguém que o consiga tranquilizar.
  • Se o animal é muito ansioso ou manifesta alterações comportamentais nestas situações, considere administrar um sedativo prescrito pelo seu médico veterinário.
  • Antes da festa, realize um longo passeio com o seu cão, e de seguida, administre-lhe uma bela refeição, o animal terá tendência a ir descansar.


Cuidados com os gatos

Embora muitos das prevenções acima referidas se apliquem também aos gatos, existem alguns cuidados adicionais que são requeridos pelos gatos.

  • Se tem gatos que costumam ter livre acesso ao exterior, recolha-os antes de anoitecer e tranque todas as saídas possíveis.
  • Coloque-os numa divisão tranquila com água, comida e a caixa de areia encostadas à parede de forma a não serem derrubadas.
  • Certifique-se que a divisão possui locais de fuga/esconderijos para os seus gatos. Poderá colocar cobertores dentro de armários e debaixo das camas, deixando-os de forma a que os gatos possam passar para debaixo deles.
  • Retire objectos que possam ser derrubados.


Desejo-lhe um excelente 2014!

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Poderá um animal ser um presente de Natal?


Tendo em conta o bem estar absoluto de um animal e respeito pela vida destes companheiros, a resposta quase inequívoca a esta pergunta será: 
Não, um animal não é um presente, é um ser vivo que precisa de cuidados diários e permanentes, de carinho e acompanhamento, exigindo de quem o tem ou quer ter, um compromisso de muitos anos.

No entanto, respostas dogmáticas e estanques nem sempre encerram todas as possibilidades, e embora um animal não possa ser visto como um presente que se embrulha e se coloca debaixo da árvore de Natal, pode ser oferecido por alguém a alguém que reúna as condições absolutas para o receber e acarinhar.


Se pretende presentear um adulto ou uma criança com um animal certifique-se que:

  • Todos os membros da família concordam e desejam a presença de um animal em casa
  • Existe consciência por parte da família que adquirir um animal é um compromisso para muitos anos (pelo menos 10 anos para cães e gatos), e depois de recebido não pode ser devolvido
  • Um animal vai sujar a casa e pode provocar alguns estragos
  • É necessário tempo e disponibilidade para várias atividades relacionadas com a rotina dos animais (passeios à rua, limpezas de caixas de areia e gaiolas, escovagens, banhos, visitas ao veterinário)
  • É necessária alguma capacidade económica para manter um animal (despesa com alimentação, acessórios como trelas, escovas e transportadoras, despesas médico veterinárias como vacinações, desparasitações internas e externas, urgências)
  • O animal deve ser adequado à pessoa ou à família (por exemplo, uma pessoa que tenha alguma dificuldade de locomoção não deve ter um animal de grande porte e muito enérgico).
  • Se o animal for oferecido a uma criança, deve ter-se em consideração a sua idade, crianças muito pequenas podem magoar inadvertidamente os animais. Antes dos quatro anos recomenda-se animais como Porquinhos da India. Crianças a partir dos 10 anos já tem capacidade e responsabilidade para ter um cão ou um gato.
Ter um animal não é um direito, é uma responsabilidade. Seja responsável!

quinta-feira, dezembro 12, 2013

Os cães. os gatos e o Natal...

Perigos escondidos!



É Natal!
Nas nossas casas já se encontram as árvores plenamente decoradas com bolas, fitas e luzes, debaixo da árvore guardamos os presentes devidamente embrulhados e decorados com fitas bonitas,e já se começam a planear os deliciosos menus para as festividades.
Época de alegria, celebração e família, é também uma época de excessos, de viagens, e de alterações na rotina das casas.
Como membros da família que são, os animais de estimação são incluídos nos festejos, mas também nos excessos...

O Natal e tudo que o envolve, esconde uma série de riscos para o seu animal de estimação, sendo conveniente tomar alguns cuidados.

Perigo número 1

A comida


A quantidade de animais que surgem com sintomas de vómitos e diarreias nos centros veterinários nesta altura das festas aumenta significativamente.
São frequentes os casos de gastroenterite ou pancreatite aguda, ou de intoxicações por ingestão de alimentos nocivos para cães e gatos, situações estas que podem colocar em risco a própria vida do animal.

O seu animal não pode comer:
  • Restos de comida ou alimentos preparados com condimentos e muita gordura
  • Ossos (podem provocar obstruções ou lacerações do trato gastrointestinal)
  • Chocolate - O chocolate contém uma substância (teobromina) que é tóxica para cães e gatos, podendo ser fatal.
  • Frutos secos - Nozes, amêndoas e outros frutos secos não devem ser oferecidos aos animais, podem provocar desde simples gastroenterites, a pancreatites ou até intoxicações.
A ceia de Natal do seu cão ou gato deve ser constituída pelo seu alimento regular.

Perigo número 2

As decorações de Natal

  • A Árvore de Natal - Principalmente para quem tem gatos, manter uma árvore de Natal montada é um desafio porque os gatos adoram trepar. Atenção ao risco de queda da árvore.
  • Decorações quebráveis - Se ainda possui aquela lindas decorações de vidro na sua árvore, agora que tem um cachorro ou um gato, talvez seja melhor substituí-las. Os cães, e principalmente os gatos, adoram brincar com bolas e são atraídos por objetos brilhantes, havendo risco de queda e quebra destes objetos e consequentes lacerações nos seus amigos de quatro patas.
  • Luzes de Natal - Brilhantes e tão apelativas, se tem um animal que gosta de roer, existe risco de eletrocussão.
 
  • Fitas de Natal e fios - Estes enfeites apresentam dois riscos principais, principalmente para os gatos: 
 
-  Os animais podem enrolar-se neles, com risco de estrangulamento
- Os gatos ingerem com alguma facilidade objetos lineares, como linhas e fitas (corpos estranhos lineares) , podendo levar a obstrução intestinal grave, com risco de vida para o animal.
 Leve imediatamente o seu gato ao médico veterinário se ele deixar de comer e começar a vomitar. Se verificar que existe um pedaço de fio ou fita a sair pelo ânus, corte esse pedaço e não puxe, contacte o médico veterinário.

Perigo número 3

Os presentes de Natal

Os presentes de Natal que se encontram debaixo da árvore ou que se desembrulham e vão ficando espalhados pelo espaço podem ser um perigo para os seus animais porque:
  • Podem ser roídos ou conter peças pequenas, podendo provocar transtornos gastrointestinais, cortes e lacerações ou engasgamento
  • As fitas dos presentes são um risco para os gatos que as podem ingerir (corpo estranho linear)
  • Podem conter chocolates!!!


Perigo número 4

As plantas de Natal

Qualquer planta quando ingerida por cães ou gatos pode provocar algum problema gastrointestinal, com vómito ou diarreia, existem no entanto alguma que podem ser tóxicas.

Neste Natal tenha atenção com:

  • O pinheiro de Natal natural - Pode provocar irritação oral, vómito, diarreia e tremores
  • Estrela de Natal
  • A estrela de natal - Muito popular nas nossas casas, pode provocar gastrite grave com vómito e diarreia com sangue, além de problemas hepáticos 
    Azevinho
  • O azevinho - Pode provocar diarreia, vómito e depressão




Perigo número 5

As viagens e as visitas

As deslocações e as constantes entradas e saídas de pessoas, com aberturas de portas mais frequentes e mais confusão, podem facilitar a fuga de animais, principalmente se a azáfama da casa já os deixou um pouco ansiosos.

Peça também aos seus familiares e visitas, que não ofereçam guloseimas ao seu animal.


Desejo-lhe um Feliz Natal!