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terça-feira, julho 30, 2013

Vacinas, quais são as necessárias ao meu cão?

Todos os cães precisam de ser vacinados de forma a ficarem protegidos de inúmeras doenças infecciosas que quando contraídas poderão ser mortais.

Os cachorros podem começar a ser vacinados às 6 semanas de vida. 


O seu médico veterinário assistente irá estabelecer um esquema de vacinação que poderá variar de animal para animal consoante a sua idade ou outro critério que o médico veterinário considere relevante.

Boletim sanitário onde são
registadas as vacinações

Apenas poderão ser vacinados os animais que se encontrarem saudáveis.

As primeiras vacinas que qualquer cachorro deve fazer irão proteger contra as seguintes doenças:

Para a vacinação ser eficaz, é necessário fazer mais do que uma dose, o chamado reforço ou "rappel".
É importante que cumpra as datas estipuladas pelo médico veterinário, se não o fizer poderá ser necessário repetir a vacinação para garantir a protecção do animal.

Nos esquemas de vacinação mais comuns as administrações destas vacinas são feitas às 6, 9 e 12 semanas, ou então às 8 semanas com reforço às 12 semanas.
Poderá ser feito um último reforço às 16 semanas, principalmente em animais de raças mais sensíveis como o Pit Bull ou o Rottweiler.

Entre os 3 e os 6 meses de idade, os cachorros devem ser vacinados contra a Raiva. 
Administra-se uma dose única e o reforço é anual. Nesta altura será também aplicado o microchip (identificação electrónica).

Por esta altura considera-se que o cachorro concluiu a primovacinação básica e essencial.
Todos os cães devem estar vacinados contra estas doenças: parvovirose, esgana, hepatite, leptospirose e raiva.

O seu cão poderá ainda beneficiar da protecção contra outras doenças para as quais existem vacinas no mercado. 
A administração ou não destas vacinas dependerá muitas vezes da diponibilidade do proprietário e do risco que o animal corre de estar exposto às respectivas doenças.


Assim, o seu cão poderá ser vacinado contra:

Vacina essencial se pretende colocar o seu cão em canil-hotel, até porque que é exigida como condição de admissão do seu animal nas instalações da maior parte dos canis.
Se o seu animal contacta frequentemente com muitos cães será aconselhável vacinar porque é uma doença de fácil transmissão.
Administração inicial de duas doses, com reforço anual.



  • Piroplasmose ou Babesiose (Febre da carraça)
Vacina aconselhada para todos os cães com maior exposição a ambientes com carraças como cães de quinta ou com acesso ao campo.
Esta vacina protege apenas contra uma das febres da carraça que circulam em Portugal, como tal, é importante manter o animal protegido através da aplicação de produtos antiparasitários externos adequados.
A vacinação pode ser iniciada aos 5 meses de idade. São administradas inicialmente duas doses e o reforço é anual.


  • Leishmaniose ("doença do mosquito")
A vacina contra a leishmaniose canina surgiu recentemente e é mais uma
arma contra esta doença que se encontra amplamente distribuída em Portugal.
Sendo uma doença transmitida através da picada de um insecto (o flebótomo), os animais que passam mais tempo no exterior (principalmente desde o pôr do sol ao amanhecer), e em zonas propícias à multiplicação do agente transmissor (jardins, zonas com muita vegetação ou amontoados de lixo), estão mais expostos e têm maior risco de contrair a doença, desta forma, a vacinação destes animais é altamente aconselhável.
A vacinação pode ser iniciada aos 6 meses de idade. São administradas inicialmente três doses e o reforço é anual.

Mesmo que o animal não seja considerado de alto risco, pode sempre optar por vacinar o seu animal contra estas doenças.

Não se esqueça que é importante cumprir as datas dos reforços indicadas pelo médico veterinário, só desta forma a vacinação é eficaz e o seu animal se encontrará protegido.

quinta-feira, julho 11, 2013

Leishmaniose ou " a doença do mosquito" - Segunda parte







Na primeira parte deste tema falei-lhe da doença, de como se transmitia e como se diagnosticava.

Hoje vou falar-lhe dos tratamentos disponíveis e do tipo de prevenção que podemos fazer para proteger os nossos cães.


Como se previne a leishmaniose?


A transmissão da leishmaniose ocorre atravé da picada de um insecto (flébotomo) de actividade nocturna, que se desenvolve com temperaturas amenas ou elevadas e com alguma humidade.

A prevenção passa por evitar que o seu cão esteja sujeito à picada do flébotomo, quer controlando condições ambientais, quer utilizando repelentes de insectos.
  • Manter o espaço exterior onde o seu cão permanece (quintais, terrenos,   terraços, varandas) livre de detritos orgânicos, acumulações de lixo, alimentos, folhas, ervas. Estes detritos acumulam alguma humidade e favorecem a proliferação dos insectos.
  • Utilizar plantas repelentes de insectos (citronela e neem). Este tipo de solução tem sido bastante utilizada no Brasil.

Planta de citronela

  • Colocar redes mosquiteiras nos canis e casotas.
  • Manter o seu cão dentro de casa desde o entardecer ao amanhecer
  • Utilizar no seu cão coleiras ou soluções spot-on (pipetas) com acção repelente de mosquito (Scalibor, Advantix, Activyl Tick Plus, Pulvex)








  • Actualmente já existe em Portugal uma vacina contra leishmaniose, a Canileish (Laboratório Virbac). Considere vacinar o seu animal, principalmente se é um animal de maior risco como animais que passam muito tempo no exterior, em zonas com maior probabilidade de multiplicação de flebótomos , ou animais de raça que são normalmente mais sensíveis que cães cruzados ou de raças autóctones. A vacina é inicialmente administrada em três doses com intervalo de três semanas. Requer depois um reforço com uma dose anualmente. A vacina só poderá ser administrada a animais livres de leishmaniose, o seu veterinário fará uma análise de sangue antes da primeira dose da vacina. A vacina só pode ser administrada a partir dos seis meses de idade.


  •  Existe ainda um medicamento que estimula o sistema imunitário do animal e diminui consideravelmente o risco de contrair a doença, o Leishguard (Laboratório Esteve Veterinária). Este medicamento é administrado por via oral durante 30 dias três vezes por ano (preferencialmente em Outubro, Fevereiro e Junho). Pode ser administrado em cachorros. Este medicamento pode ser utilizado também no tratamento da doença.


Como se trata a leishmaniose?

O tratamento efectuado a um animal com esta doença depende do estado geral em que este se encontra.

Antes de iniciar o tratamento específico para controlar o parasita no organismo, o animal terá de fazer algumas análises sanguíneas para determinar se já existem problemas renais, hepáticos ou se já existe uma situação de anemia. Este tipo de alterações podem exigir uma estabilização do animal antes de começar o protocolo de tratamento específico.

O tratamento específico passa por protocolos de injecções diárias associadas ou não a comprimidos ou a soluções de administração oral.
Estes tratamentos são prolongados e demoram cerca de um mês.
Em alguns protocolos, os comprimidos administrados por via oral são depois mantidos para o resto da vida do animal como forma de controlo da infecção.



Após o tratamento, os animais devem ser sujeitos a análises regulares, inicialmente com intervalo de 3 meses e depois com intervalos de seis meses.

Estes tratamentos não eliminam normalmente a infecção, podendo estes animais voltar a manifestar sintomas meses ou anos mais tarde, e haver assim necessidade de repetir os tratamentos.

As medidas preventivas devem continuar a ser aplicadas a animais que contraíram a doença de forma a evitar reinfecções.

Com tratamento é uma doença controlável na grande maioria das vezes. É frequente termos animais controlados, sem manifestarem sinais clínicos e com grande qualidade de vida após seis ou sete anos do tratamento efectuado.

Em Portugal, o não tratamento de um animal infectado obriga à sua eutanásia ( Decreto-Lei  nº314/2003 de 17 de Dezembro) , a doença é mortal sem tratamento.



Existe risco de infecção para o ser humano?

Sim, o ser humano pode contrair leishmaniose.

Tal como no cão, o ser humano só fica infectado ser for picado por um flebótomo que lhe transmita o parasita.

As populações de maior risco são crianças de tenra idade ou pessoas imunodeprimidas.

Possuir um cão com leishmaniose não aumenta o risco de contrair a doença.

A doença no ser humano é curável pois o tratamento tem mais eficácia.

Em Portugal, a leishmaniose humana tem pouca expressão.


As medidas preventivas a ser aplicadas por todos são extremamente importantes para diminuir a prevalência da doença nos cães e consequentemente haver uma maior protecção da saúde humana

sexta-feira, junho 21, 2013

Pulgas, carraças e mosquitos!!! Como defender os nossos animais?

Sim é verdade, vivemos num país tropical!
Há pulgas em Janeiro, mosquitos em Fevereiro, e só falta vermos carraças em Dezembro.



Estes parasitas externos são responsáveis por inúmeros problemas de saúde nos seus animais, tais como alergia à picada da pulga, anemias infecciosas, febres de carraça, leishmaniose e dirofilariose.
Alguns destes parasitas são ainda transmissores de doenças ao ser humano.

É extremamente importante manter uma prevenção adequada durante todo o ano e não apenas quando chegamos ao Verão.

A confusão instala-se quando chega a altura de escolher um anti-parasitário externo eficaz e adequado ao nosso animal, porque existem muitos produtos no mercado, com variadas formas de aplicação e com diferentes raios de acção.

O seu veterinário assistente poderá ajudá-lo a escolher a opção mais adequada, mas genericamente, os cães deverão estar sempre protegidos com anti-parasitários que façam repelência de pulgas, carraças e mosquito, os gatos com acesso ao exterior deverão estar protegidos contra pulgas e carraças, e os gatos de interior poderão fazer apenas prevenção contra pulgas.


Que tipos de soluções existem?

  • Champôs insecticidas 
        Facilmente disponíveis no mercado mas com eficácia reduzida. Não têm efeito preventivo e o seu potencial tóxico é elevado pela dificuldade na dosagem. 

  • Coleiras insecticidas
    Têm como grande vantagem o facto de manterem o efeito preventivo durante bastantes meses. Poderão não ser opção se existirem crianças pequenas em casa e que possam mexer directamente nas coleiras.
Existem algumas boas no mercado tais como a Scalibor, Seresto ou Preventic.



  • Spot-on
      Conhecidas como pipetas ou ampolas e que se aplicam em um ou vários pontos do corpo do animal. 
Existem muitas marcas no mercado e a maioria é bastante eficaz desde que aplicada correctamente e nos intervalos de tempo indicados.
Têm a vantagem de deixar poucos resíduos na superfície do animal, tornando-se mais seguras quando existem crianças e outros animais em casa.
A desvantagem está no facto de ser necessário efectuar aplicações frequentes (normalmente com periodicidade mensal).
As mais conhecidas são o Frontline, o Advantage Cães e Gatos, Advantix, Pulvex e Activyl, entre outros.


     






Local de aplicação

       
  • Anti-parasitários orais para controlo de pulgas
     São medicamentos usados para controlar as populações de pulgas em ambiente caseiro, quer eliminando rapidamente as pulgas adultas em casos de infestações graves (ex: Capstar comprimidos), quer inibindo a multiplicação das pulgas (Program)
Estes medicamentos são normalmente usados em conjunção com outros.

As soluções existem, por isso não desista nem desespere.

Aplique os produtos adequados ao peso e espécie animal em causa e na forma indicada.

Quando aplicar produtos anti-parasitários em gatos deve confirmar se o produto é indicado para a espécie (verifique na embalagem, se não referir que pode ser usado em gatos, não use)

Proteja a saúde do seu animal e a sua própria saúde