Se já observou este comportamento no seu cão, muito provavelmente, ou está perante um problema de parasitas intestinais, ou perante um problema dos sacos anais.
Hoje vou falar da doença dos sacos anais.
Hoje vou falar da doença dos sacos anais.
Os problemas de sacos anais surgem com alguma frequência, principalmente em cães de raças pequenas. Os gatos também podem ser afetados.
O que são os sacos anais?
Os sacos anais são duas estruturas em forma de gota, que se localizam de cada lado do ânus, sensivelmente nas posições das 4 e das 8 horas.
Estes sacos produzem uma secreção semi-oleosa, normalmente de cor acastanhada ou acinzentada, com um cheiro que geralmente varia entre o horrível e o pestilento!
O conteúdo dos sacos é eliminado quando ocorre contração dos esfincteres anais, quer no decorrer da defecação normal, quer quando se encontram nervosos e agitados.
Esta secreção produz um odor próprio de cada animal, e serve como forma de identificação individual e marcação de território através das fezes.
Como se desenvolvem os problemas dos sacos anais?
A doença dos sacos anais desenvolve-se em três fases: impactação, saculite, e abcesso.
A impactação dos sacos anais ocorre quando a secreção se torna muito espessa, ocorrendo acumulação e distensão do saco anal. Esta secreção costuma ser de cor acastanhada.
Nesta fase, é necessário realizar a expressão manual do conteúdo dos sacos (processo vulgarmente conhecido como: "espremer as glândulas"). Este procedimento é feito pelo médico veterinário ou pelo próprio proprietário do animal (após instrução do médico veterinário).
Atenção, só é necessário realizar este procedimento quando o animal tem impactação do saco anal. Um animal que não manifesta qualquer problema não precisa de o fazer.
Nas situações de saculite e abcessos recorrentes, pode ser necessário realizar a remoção cirúrgica do saco anal.
Nesta fase, é necessário realizar a expressão manual do conteúdo dos sacos (processo vulgarmente conhecido como: "espremer as glândulas"). Este procedimento é feito pelo médico veterinário ou pelo próprio proprietário do animal (após instrução do médico veterinário).
Atenção, só é necessário realizar este procedimento quando o animal tem impactação do saco anal. Um animal que não manifesta qualquer problema não precisa de o fazer.
Quando ocorre inflamação do saco anal estamos perante uma saculite anal, e surge na sequência de um processo de impactação. Nesta fase pode ocorrer infeção bacteriana, e a secreção torna-se mais fluída e com coloração amarelada, esverdeada (pus) ou sanguinolenta.
Na fase final do processo pode ocorrer um abcesso cuja parede pode roturar e desenvolver-se fístula através da qual sai o conteúdo.
Quais as causas?
A causa exata não é conhecida. Parece haver maior predisposição em raças pequenas, animais obesos, animais com tonicidade dos esfincteres anais diminuída, e animais com tendência a ter fezes mais moles ou diarreia.
Quais os sinais e sintomas de doença do saco anal?
- Animal arrasta o ânus pelo chão
- Animal lambe constantemente o ânus e zona peri-anal
- Tenesmo (tentativas repetidas para defecar) e dificuldade em defecar
- Tumefacção de um dos lados do ânus, normalmente muito dolorosa e vermelha nas situações de saculite e abcesso
- Descarga purulenta ou sanguiolenta resultante da rotura de um abcesso
- Febre (situações graves)
Qual o tratamento?
Nos animais com episódios de impactação frequente é necessário realizar a expressão manual dos sacos anais numa base regular.
Quando se desenvolve saculite anal, é realizada a expressão manual do conteúdo dos sacos anais, seguido de antibioterapia local e sistémica.
A resolução dos abcessos passa por limpeza da zona e antibioterapia. Se o abcesso não tiver roturado, o seu médico veterinário poderá proceder à abertura cirúrgica do mesmo.
Muitos deste procedimentos podem requerer a sedação do animal, visto este ser um processo muito doloroso.
Nas situações de saculite e abcessos recorrentes, pode ser necessário realizar a remoção cirúrgica do saco anal.